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	                Pesquisar e desenvolver ciberambientes de computação distribuída de alto desempenho para aplicações médicas inovativas e na fronteira do conhecimento.
 O uso de nuvens  computacionais torna-se cada vez maior na comunidade científica na medida que  algumas de suas limitações, principalmente no que concerne à capacidade de  comunicação de rede e ao desempenho vêm sendo mitigadas.  No caso específico de seu uso como apoio à  computação massivamente paralela e distribuída, diversos estudos têm ainda se  dedicado a verificar qual o nível de efeitos que a camada de virtualização traz  ao desempenho ou as possibilidades de uso de provedores públicos na forma de  fornecimento de recursos adicionais ou mesmo finais a execução dos problemas  científicos.    Entretanto ainda há ainda uma lacuna no que tange ao aprofundamento dos  efeitos que o sistema virtualizado das nuvens traz como um todo às  características inerentes às aplicações científicas. Entre essas  características podem ser citadas, em relação à infraestrutura, a topologia da  camada de comunicação e dos “clusters virtuais” criados para execução dessas  aplicações e, no tocante a aplicação, o efeito do acoplamento entre estas  aplicações no tocante as suas características intrínsecas (algorítimos e  bibliotecas paralelas utilizadas na sua implementação). Este conjunto  infraestrutura e aplicações, mesmo em se tratando de uma camada real, vem a  longo tempo sendo alvo de estudos com o intuito de otimizar o uso dos recursos  computacionais sempre na busca do maior desempenho. No caso das nuvens  computacionais, ou de maneira mais genérica quando na presença de ambientes  virtualizados, a camada de virtualização existente traz uma nova componente, o  que torna a avaliação e o uso desejado para a computação massivamente paralela  e distribuída extremamente complexo. A abordagem atualmente utilizada nas nuvens computacionais,  sobretudo na maioria dos provedores comerciais, é o que podemos classificar  como “força bruta”, onde opta-se pela adição de mais recursos, seja no sentido  horizontal (adição de mais servidores virtuais) seja no sentido vertical  (aumento da capacidade dos recursos virtuais), em menor grau.
   A  proposta aqui apresentada está calcada nos estudo sobre o uso das nuvens  computacionais em apoio à computação científica, com o objetivo de atender as  especificidades das aplicações, projetos e pesquisas realizados pelos grupos  associados a este projeto. Esta proposta está   baseada na experiência adquirida ao longo do atual projeto INCT-MACC,  sobre as diversas implicações que as aplicações voltadas à pesquisa têm em um  ambiente virtualizado e compartilhado, característico a um ambiente de nuvem  computacional. Os trabalhos (artigos, dissertações e teses) até o momento  desenvolvidos tiveram por foco à avaliação dos efeitos da camada de  virtualização, a criação de uma  infraestrutura de nuvens privadas, modelos de alocação de infraestruturas  virtuais e estudos quanto aos efeitos conjuntos do tipo de classe de aplicação  e bibliotecas de implementação nestas classes. Por meio destes trabalhos de pesquisa foi possível a  obtenção de uma base de conhecimento sólida que possibilitou a elaboração de um  projeto de infraestrutura computacional, capaz de abrigar a execução de  diversos tipos de aplicações científicas,   procurando obter o máximo do desempenho, na premissa de fornecer a  melhor combinação de infraestrutura em função da classe de aplicação que a esta  utilizando.
 AntecedentesA  seguir são apresentados exemplo de alguns projetos dedicados a avaliação do uso  de nuvens computacionais em apoio à computação científica .
 O primeiro grande  estudo referente ao uso das nuvens computacionais no âmbito científico deu-se  com o projeto/estudo realizado pelo Departamento de Energia Americano (DoE), no  período de 2009 a 2011, junto aos seus dois maiores centros de computação  massivamente paralela e distribuída (Argonne Leadership Computing Facility no  Argonne National Laboratory e o NERSC: National Energy Research Scientific  Computing Center no Lawrence Berkeley National Laboratory), que teve por  objetivo determinar a contribuição do uso de computação em nuvem em apoio a pesquisa  científica dentro dos recursos do DoE. Entre as conclusões e resultados  constantes em seu relatório final, “The Magellan Report on Cloud Computing for  Science” (MAGELLAN); ele cita que dentre seus usuários, onde lhes é perguntado  quais os fatores que acham mais atrativos para o uso de recursos em nuvem, 79%  de seus usuários viam a possibilidade de acesso a recursos adicionais como o  elemento mais atrativo, 59% achavam ser a possibilidade que o ambiente lhes  dava para controle dos recursos, 52% achavam a possibilidade de compartilhar  estes recursos com seus colaboradores e o mesmo percentual para a facilidade de  operação quando comparado a um “cluster” do DoE (foi dada a possibilidade de  escolha de mais de uma opção durante a pesquisa). Entretanto, na época de sua  elaboração o relatório alertava para a necessidade de uma maior maturidade nas  aplicações de suporte a este ambiente, e no caso do DoE, a sua infraestrutura  já comportava o suporte e os serviços propostos pelas nuvens computacionais,  mas não descartava a possibilidade dele vir a servir no futuro.
   Outra grande  avaliação foi feita pelo projeto Helix-Nebula - Scientific Cloud Computing  Infrastructure for Europe (CERN), que estabeleceu como objetivo: a criação de  uma infraestrutura e ambiente de nuvem, capaz de oferecer suporte a múltiplas  organizações, baseado nas necessidades específicas da comunidade de pesquisa  Europeia e agências espaciais. Este projeto baseia-se numa forte colaboração  das iniciativas públicas e privada, que juntas verificam as possibilidades do  uso de computação em nuvem em apoio às instituições e projetos de pesquisa.  Para tanto, firmou como um dos compromissos iniciais a identificação de um  pequeno número de projetos chaves, para servirem de modelo a estas parcerias. Desejou-se com este projeto: desenvolver, explorar e  utilizar a infraestrutura de nuvem, inicialmente com base nas necessidades das  organizações de pesquisa Europeias, permitindo a inclusão de outras  organizações (governo, negócios e sociedade) a medida surgimento dos  requisitos.  Observou-se no Helix-Nebula  como principais benefícios aos seus usuários, a sua independência em relação  aos provedores de nuvem comerciais, garantindo a interoperabilidade e a  garantia de serviços, além da segurança e transparência. Quanto aos  provedores de serviços e infraestrutura, que se associarem, estes terão a  possibilidade de estar em contato com um amplo ambiente de produção, teste,  desenvolvimento tecnológicos de ponta, recursos governamentais e a garantia de  um número inicial mínimo de usuários.    O projeto atualmente  em andamento calca-se em quatro estudos de caso, com destaque na área médica: 
  O  “European Molecular Biology Laboratory” (EMBL) cujo objetivo é o  desenvolvimento de um portal baseado em uma nuvem computacional, capaz de dar  suporte ao sequenciamento e análise de grandes cadeias de DNA.O  projeto PIC port d’informació científica (PIC) destina-se ao estudo de doenças  degenerativas, e o projeto Helix-Nebula traz como possibilidade o  desenvolvimento de portais e ambientes para análise de imagens e processamento  de dados por profissionais da área médica por meio de uma interface amigável e  dedicada. Outro projeto em  andamento é o EU-Brazil Cloud infrastructure Connecting federated resources for  Scientific Advancement (EUBrazil-CC), que trata de um ambiente voltado para  usuários da comunidade científica brasileira e europeia. É um projeto de dois  anos, iniciado em 2014 que por objetivo explorar as possibilidade e a  infraestrutura de nuvem computacional dessas duas comunidades científicas. Seus  estudos de caso tratarão de três grandes cenários complementares e  multidisciplinares cobrindo as seguintes áreas de pesquisa: epidemiologia,  saúde,  biodiversidade, recursos naturais  e mudanças climáticas. O estudo buscará prospectar as possibilidades de uso de  nuvens computacionais nesta ambiente federado de forma a permitir o tratamento  de complexos “workflow” da grande massa de dados comuns a estes estudos.Por parte da  comunidade Européia fazem parte desse projeto: Universitat Politècnica de  València – UPVLC, Barcelona Supercomputing Center BSC, e o Instituto de Salud  Carlos III ISCIII (Espanha); University of Newcastle UNEW (Inglaterra),  Euro-Mediterranean Center on Climate Change CMCC I(Itália); e a University of  Amsterdam UvA (Holanda). Pela comunidade brasileira fazem parte: a Universidade  Federal de Campina Grande UFCG - Campina Grande; Laboratório Nacional de  Computação Científica LNCC – Petrópolis, Centro de Referência em Informação  Ambiental CRIA – Campinas, Fundaçao Oswaldo Cruz FIOCRUZ - Rio de Janeiro, Pontifícia  Universidade Católica do Rio de Janeiro PUC-Rio - Rio de Janeiro e o IBM  Research Brazil IBM - Rio de Janeiro. O projeto, por ocasião da elaboração  desta proposta encontra-se na fase de definição da interconectividade e  segurança referente às infraestruturas e aos estudos de caso. Dois laboratórios  associados ao INCT-MACC e presentes nesta proposta são participes do projeto  EUBrazil-Cc - Hemolab e ComCiDis.
 Outros dois exemplo  dignos de serem citados na avaliação do uso de ambientes de nuvens  computacionais e portais dedicados, são os projetos Blue Collar Computing  (BLUE), que tem sua abordagem voltada para o uso de computação de alto  desempenho em apoio ao setor produtivo e de pesquisa. O projeto procura  auxiliar empresas de manufatura nos EUA a melhorarem sua eficiência, através do  ajuste dos processos e redução das perdas. Isto é feito com o uso de modelos  computacionais e simulações, ambas desde o nível de projeto até o de  manufatura. Neste caso as empresas têm a possibilidade de usar a simulação como  ferramenta de análise do comportamento dos materiais durante o processo de  produção. O projeto procura prestar apoio para a criação de aplicações, com o  acesso e a utilização realizados através de um portal, contando com a  capacidade de processamento do Ohio Supercomputer Center. O outro projeto é o  projeto UberCloud HPC Experiment, que foi iniciado em 2012 e tem por objetivo  explorar o uso remoto de recursos localizados em centros de alto desempenho por  meio de portais e aplicações dedicadas aos seus usuários.
   Das características,  objetivos, desafios e resultados dos projetos acima citados podemos verificar  que o uso das nuvens computacionais em prol da computação massivamente paralela  e distribuída traz benefícios na medida que é capaz de permitir o acesso e o  compartilhamento de recursos remotamente, sendo assim uma fonte adicional de  recursos. A infraestrutura e as ferramentas existentes para o gerenciamento  desta infraestrutura traz benefícios para seus usuários e para os mantenedores  destes recursos. Em particular para os primeiros dá acesso remotamente a  ambientes dedicados e a recursos voltados para a computação massivamente  paralela e distribuída que, para a maioria destes usuários, seria proibitivo  manter seja pela existência de pessoal técnico, seja pelo custo imobilizado ou  necessário para a manutenção destes recursos computacionais. Sob o ponto de  vista de seus mantenedores, a possibilidade de congregar em uma federação  diversos recursos computacionais de alto desempenho permite que as aplicações  científicas e os problemas a elas relacionados possam ser trabalhados em  ambientes cuja infraestrutura realmente atenda aos requisitos destas  aplicações. INCT-MACC Infraestrutura  Figura 3.  Infraestrutura Mista Cluster/Nuvem Computacional INCT-MACC
 A infraestrutura computacional existente hoje sob administração do  INCT-MACC é composta por dois clusters de alto desempenho, que tem por  finalidade fornecer um ambiente que congregue arquiteturas capazes de atender  diversas classes de aplicações. Esta infraestrutura está dividida em um cluster HPC Bull System composto por 154 nós de CPU, perfazendo um total de 1992  núcleos de CPU e 3548 núcleos de GPU (Graphics Processing Unit) que está  configurado e dedicado ao processamento de aplicações no modelo de um cluster  clássico de alto desempenho. Conta também com um cluster SGI Altix com  94 nós de CPU, perfazendo um total de 1128 núcleos  de CPU e 10752 núcleos de GPU; configurado em  três ambientes distintos. O primeiro ambiente composto por 18 nós está  configurado como um ambiente de nuvem computacional baseado em uma nuvem  OpenStack e controlada pelo gerenciador de ambientes VirtualIS (Virtual  Infrastructure for Science), desenvolvido no âmbito do ComCiDis por meio de  bolsas de fomento tecnológico e recursos do CNPQ, FINEP e FAPERJ. Esta núvem  tem por função fornecer ambientes dedicados aos seus usuários. Outro ambiente  em fase de implantação é o Quimera composto pelo conjunto de GPGPU (Unidade de  Processamento Gráfico de Propósito Geral - General Purpose Graphics Processing  Unit), por servidores com CPU arquitetura Intel, por um servidor com  processadores de arquitetura AMD com 64 núcleos e com dois servidores equipados  com coprocessadores com um total de 120 núcleos. Este conjunto de  infraestrutura foi criado de forma a possibilitar agregar os diversos tipos de  tecnologias disponíveis e em função das   características inerentes às aplicações. O terceiro ambiente também é um cluster clássico com 36 nós, a exemplo do cluster HPC Bull, mas  com a característica que é possível configurá-lo independentemente de apoio de  seu fornecedor. Os  quatro ambiente acima apresentados dá ao INCT-MACC a flexibilidade necessária  de executar diversos tipos de aplicações e pesquisas, nos  ambientes criados (Figura 3). Hoje já há uma  aplicação portada para ambiente virtual, hospedada no ambiente de nuvem que é o  ImageLab Virtual. A aplicação desenvolvida inicialmente para ser executada em  estações de trabalho, foi hospedada em um ambiente de nuvem e criada uma  interface para seu acesso remoto via navegador, permitindo que esta aplicação  possa ser utilizada remotamente usufruindo da capacidade dos servidores do  INCT-MACC, além de  seu uso em diversos  tipos de plataforma, inclusive móveis. O ambiente pode ser acessado por meio do  endereço eletrônico – http://imagelabvirtual.lncc.br/  Atividades
 Em continuidade às pesquisa e ao suporte de  infraestrutura até o momento executado as seguintes atividades estão programadas  para o período coberto por este projeto.
 
  Continuidade  a avaliação de classes de aplicações voltada para a pesquisa científica, com  foco nas aplicações desenvolvidas pelo INCT-MACC detalhadas neste projeto. O  tratamento da adequação da infraestrutura baseado em classes de aplicações  permite o desacoplamento do apoio a uma aplicação específica, o que torna o  ambiente muito mais flexível e apto a atender as necessidades de pesquisa e  desenvolvimento que venham a ocorrer no âmbito do INCT-MACC, associada ao  desenvolvimento tecnológico da infraestrutura. O fundamento deste tipo de  abordagem se dá pelos estudos que procuraram categorizá-las em classes, as  avaliações já realizadas internamente ao INCT-MACC, que comprovam que  agrupando-as com base em suas características em termos de consumo de recursos  computacionais, análise tamanho dos dados e valoração da criticidade das  aplicações, permite que o projeto de novas aplicações possa ser analisado por  meio da associação a uma dessas classes trazendo como benefício a possibilidade  de se poder prever antecipadamente o seu comportamento quando executada em um  ambiente virtualizado. No presente momento três classes das treze classes de  aplicações, proposta pela abordagem por meio de Dwarfs, já foram analisadas. As  atuais classes de Dwarfs são: Álgebra Linear Densa, Álgebra Linear Esparsa,  Métodos Espectrais, N-Body, Grades Estruturadas e Não Estruturadas, Monte  Carlo, Lógica Combinatória, Grafos Transversos, Programação Dinâmica, Backtrack  e Branch Bound, Modelos de Grafos e Máquinas de Estados  Finitos. Análise  do tipo de interação que acontece em ambiente virtualizados, na medida que  podem existir diversas aplicações concorrendo pelo mesmos recursos. Esta  concorrência tem efeitos no desempenho e na variabilidade do ambiente. Faz-se  assim necessário estabelecer quais conjuntos de aplicações hospedadas nestes  ambientes virtualizados podem coexistir em um mesmo ambiente real, e quais  combinações de aplicações que devem ser evitadas. Estabelece-se com isso o  conceito de “Afinidade”, que pode ser utilizado tanto na concorrência para  ambientes reais quanto virtualizados. O conceito de “Afinidade” tem como  propósito, determinar quais os tipos de aplicações que podem conviver em um  mesmo ambiente físico, em máquinas virtualizadas ou reais, sem que este tipo de  compartilhamento de recursos venha a causar perda de desempenho que prejudique  a execução das aplicações lá hospedadas. Até a presente data não foram  encontrados trabalhos que relacionassem afinidade ao efeito da concorrência,  mas este estudo e determinação das combinações torna-se fundamental na medida  que se pretende utilizar um ambiente de nuvem computacional para hospedar as  aplicações desenvolvidas.Avaliação  da influência que as diversas linguagens e bibliotecas utilizadas no  desenvolvimento das aplicações têm no desempenho das aplicações. Esta  influência fica potencializada na medida que as aplicações podem ser executadas  concorrentemente em ambientes virtualizados. Avaliações prévias realizadas  mostram que a combinação: classe de aplicação, linguagem/biblioteca e tipo de  ambiente real/virtual - tem grandes implicações na variabilidade e no  desempenho do ambiente computacional, por conseguinte na qualidade e eficácia  deste ambiente respectivamente. Este estudo torna-se necessário de forma a  poder balizar o desenvolvimento de novar aplicações de forma a poder utilizar o  máximo da infraestrutura.Determinação  do tipo de topologia de infraestrutura virtual adequada à execução das  aplicações. O desempenho do conjunto já citado classe de aplicação,  linguagem/biblioteca e tipo de ambiente real/virtual também sofre influência da  topologia de infraestruturas virtuais criadas em apoio à computação  massivamente paralela e distribuída. È importante determinar a priori a  melhor topologia a ser implementada quando da disponibilização de um ambiente  na forma de “clusters virtuais” para execução das aplicações. Análises, fruto  de trabalhos de pesquisa, mostram que para cada tipo de classes de aplicações  uma determinada topologia tem melhor desempenho. A determinação entre  distribuição de nós virtuais pelo maior número de servidores ou a concentração  do maior número de nós virtuais pelo menor número de servidores tem dependência  direta dos itens e estudo anteriormente citados. Para poder então ser capaz de  distribuir as aplicações eficientemente pelos recursos hoje existentes na  infraestrutura do INCT-MACC torna-se necessário esta avaliação no tocante ao  tipo de topologia e estratégias de distribuição.Aquisição  e manutenção da infraestrutura. A atual infraestrutura existente no INCT-MACC  foi adquirida com recursos oriundos dos seguintes projetos: Edital FINEP  PROINFRA 2008; posteriormente expandida com recursos dos projetos “Modelagem e  Simulação Computacional do Sistema Cardiovascular e suas Aplicações na Medicina  Assistida por Computação de Alto Desempenho”, Edital FAPERJ no. 19/2008);  “Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Medicina Assistida por  Computação Científica”, Edital CNPq/FAPERJ No. 015/2008 e “Ciber-Infraestrutura  para Rede de P&D em Medicina Assistida por Computação Científica do Rio de  Janeiro” (Edital FAPERJ no. 20/2008) e posteriormente expandida com recursos do  projeto “Ciberinfraestruturas em Simulações: Grids, Clouds, Multicores e Web”  (Edital FAPERJ no. 19/2008). Esta infraestrutura vem sendo mantida e atualizada  por meio dos recursos dos projetos acima citado. Grande parte dos equipamentos  hoje existente já se encontra com mais de três anos e com sua garantia vencida,  ou por vencer no primeiro semestre do próximo ano. Apesar de ser possível a  aquisição de peças sobressalentes com recursos de custeio dos projetos, os  valores destas peças tornam-se proibitivas associada a descontinuidade de sua  produção. Em função do exposto, após uma análise das possíveis soluções para  este problema, optou-se por um processo de “revitalização continuada destes  equipamentos, de forma a se fazer a substituição gradual dos equipamentos  avariados, por meio da aquisição de novos nós de processamento.Aperfeiçoamento  do portal para uso dos recursos remotamente. Uma das principais requisições e  dificuldades dos usuários de recursos voltados para a computação massivamente  paralela e distribuída é o acesso e a forma de uso destes recursos. Muitos  esforços têm sido feitos de forma a criar interfaces mais amigáveis que  permitam estes usuários utilizarem estes ambientes. Ao longo do projeto  INCT-MACC foram criados ambientes que permitissem seus usuários acessarem os  recursos com o foco na usabilidade. No presente momento apesar de ainda visar a  usabilidade do ambiente o esforço que se tem feito é juntamente com essa  usabilidade otimizar o uso destes recursos. Isto será feito com base nos  estudos e pesquisas citados nos itens 1, 2 e 3, onde por meio do portal, com  informações obtidas do usuário, informações obtidas pelo seu comportamento de  uso, seja possível classificar a sua aplicação com base nos parâmetros  constantes das pesquisas: classe de aplicação, tipo de implementação, afinidade  entre as aplicações, topologia ideal para a classe e camada de virtualização,  esta última para o caso do uso de ambientes virtualizados. Com esse tipo de  classificação será possível alocar a aplicação do usuário em um ambiente que  atenda seus requisitos. Outro ponto é aumentar as funcionalidades e  adaptabilidade do portal para uso em dispositivos móveis de forma a permitir o  envio remoto dos dados e o recebimento dos resultados. Metas  
  Até  o final de 2017: Avaliação das demais classes e sub classes de Dwarfs com base  nas aplicações e desenvolvimentos do INCT-MACC. Esta meta tem por objetivo  permitir, por meio do mapeamento dos parâmetros das aplicações já desenvolvidas  ou em desenvolvimento, ter subsídios para orientar tanto o aperfeiçoamento  destas aplicações, como determinar a melhor infraestrutura para sua execução.Até o final de 2017: Validar o grau de afinidade das aplicações do  INCT-MACC como forma de obter os conjuntos de classes de aplicações que podem  ser executadas em ambientes compartilhados – nuvens computacionais - assim como  os efeitos da camada de virtualização no seu desempenho. Esta meta tem objetivo  verificar qual grupo de aplicações podem ser portadas para nuvens  computacionais e quais aplicações devem continuar seu uso em infraestruturas  dedicadas.Até o final de 2017: Análise das bibliotecas paralelas com base nas  classes de aplicações. Esta meta tem finalidade determinar quais as bibliotecas  utilizadas para implementação das aplicações, obtêm o melhor aproveitamento dos  recursos existentes. Com isso será possível determinar antes da implementação  de um algoritmo ou aplicação, qual tipo de linguagem ou biblioteca deverá ser  utilizada no seu desenvolvimento. Neste estudo devera ser considerado seu uso  em ambiente compartilhado ou não (afinidade).Até o final de 2019: Determinação da topologia de ambientes reais e  virtuais com base nas classes de aplicações e suas afinidades. Este estudo  baseia-se nos resultados obtido pelas metas 1, 2 e 3 e tem por finalidade  determinar a melhor topologia para a arquitetura computacional capaz de  fornecer o melhor desempenho em função das aplicações necessárias as pesquisas  e desenvolvidas pelo INCT-MACC.Até o final de 2021: Processo de revitalização da Infraestrutura  Computacional INCT-MACC. Esta meta tem por função permitir a continuidade das  pesquisas e garantia da capacidade de processamento e patrimônio dos recursos  computacionais do INCT-MACC.Até o final de 2021: Portal de acesso a recursos e aplicações. Esta meta  tem por objetivo permitir a continuidade no desenvolvimento do portal de  aplicações – VirtualIS de forma a permitir o uso dos recursos computacionais e  das aplicações pelos seus usuários de forma transparente e remota, com o foco  na capacidade de acesso pro meio de dispositivos móveis. Impactos  
  Disponibilidade de um ambiente computacional como o  apresentado na Figura 4 para as atividades de pesquisa e desenvolvimento do  INCT-MACC, capaz de permitir o acesso remoto aos pesquisadores aos recursos  computacionais disponíveis e a ambientes dedicados às suas necessidades. Com  isso espera-se liberar os pesquisadores de tarefas referentes à configuração de  ambientes ou procedimentos de execução tipicamente afetos a área de computação  massivamente paralela e distribuída de forma a dedicarem-se a suas atividades  de pesquisa fim.  Figura 4. Ambiente criado para usuários de  Computação Científica em Medicina.
 
  Entendimento do mapeamento das classes de aplicações  científicas de acordo com requisitos intrínsecos e específicos das mesmas, em  especial as de processamento massivamente paralelo e distribuído, com a arquitetura  já existente ou que venha a ser alvo de aquisição. Tem este conhecimento a  finalidade de orientar a alocação das aplicações submetidas ao ambiente a  infraestrutura que melhor atenda as suas especificidades.O conhecimento acima também possibilitará um uso  mais efetivo dos recursos computacionais disponíveis e sobretudo o entendimento  para a aquisição de recursos com base nas reais necessidades das pesquisas,  contribuindo assim no uso mais racional dos mesmos e auxiliando seus  pesquisadores na especificação de necessidades junto aos órgãos de fomento.Possibilidade de balizar o desenvolvimento de novas  aplicações voltadas para uso em ambientes distribuídos e compartilhados como os  de nuvens computacionais ou mesmo dedicados para o caso de arquiteturas de alto  desempenho na forma de clusters reais, contribuindo para  eficiência dos algorítimos a serem  desenvolvidosCapacidade de determinar quais aplicações podem ser  portadas para o ambiente de nuvem e quais não devem ser portadas, contribuindo  para a otimização do uso dos recursos, ao trabalhar com ambientes de computação  massivamente paralela mistos (nuvens computacionais e infraestruturas de alto  desempenho)Quanto ao aspecto da segurança, o conhecimento da  real composição em termos de arquitetura e topologia dos ambientes virtuais  criados permitirá a criação destes ambientes em nuvens privadas, dentro dos  recursos computacionais existentes, otimizando assim o seu uso e garantido que  as pesquisa cujo conhecimento fosse considerado sensível pudessem fluir,  fornecendo a seus usuários os principais atrativos das nuvens computacionais –  ambientes customizáveis, amigáveis e de acesso remoto. Por fim contribuir  para a manutenção do patrimônio adquirido ao longo da primeira fase de  existência do INCT-MACC, permitindo a continuidade das pesquisas e  principalmente que este processo ao ser feito com base nos estudo e metas  anteriormente descritos, juntamente com a formação de pessoal capacitado nesta  área, hoje considerada estratégica por muitas nações (computação massivamente  paralela e distribuída), seja para a comunidade científica, seja para a  indústria nas suas atividades de ponta.
 
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