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Neste momento parece oportuno lembrar do resultado do seminário promovido pela Sociedade Brasileira de Computação (SBC) “Grandes Desafios de Pesquisa em Computação no Brasil: 2006 – 2016”, realizado em São Paulo nos dias 8 e 9 de maio de 2006 e que contou com a participação de renomados pesquisadores e observadores pertencentes às mais importantes instituições de P&D e de apoio à P&D do País. Neste documento da SBC temos:

“...Alguns aspectos característicos dos Grandes Desafios em Pesquisa estão resumidos a seguir.

  1. Os Grandes Desafios devem ser dirigidos a avanços significativos na ciência, ao invés de conquistas incrementais baseados em resultados existentes.
  2. A visão de um Grande Desafio deve estar bem além daquilo que pode ser obtido em um projeto de pesquisa no período típico de financiamento de um “grant”.
  3. Os Grandes Desafios devem ser passíveis de avaliação clara e objetiva que permita definir o seu sucesso.
  4. Os Grandes Desafios devem ser decomponíveis e passíveis de diagnóstico incremental, de modo a permitir mudanças de curso durante sua realização.
  5. Os Grandes Desafios devem ser ambiciosos e visionários, mas não irrealistas, viáveis dentro de um prazo predefinido – no caso desta iniciativa, 10 anos.
  6. Os Grandes Desafios devem ser desafiadores e motivadores para a comunidade científica e motivadores para a sociedade.
  7. Muitos dos problemas que os constituem são multidisciplinares em sua natureza e nas possibilidades de solução.
  8. Os tópicos dos Grandes Desafios emergem de um consenso da comunidade científica, para servir como um cenário de longo prazo para os pesquisadores, independentemente de políticas de financiamento ou questões conjunturais.”

Como resultado da reunião da SBC foram propostos os seguintes Grandes Desafios da Computação no Brasil para o periodo 2006 – 2016:

  1. Gestão da Informação em grandes volumes de dados multimídia distribuídos.
  2. Modelagem computacional de sistemas complexos artificiais, naturais e sócioculturais e da interação homem-natureza.
  3. Impactos para a área da computação da transição do silício para novas tecnologias.
  4. Acesso participativo e universal do cidadão brasileiro ao conhecimento.
  5. Desenvolvimento tecnológico de qualidade: sistemas disponíveis, corretos, seguros, escaláveis, persistentes e ubíquos.

Como se pode apreciar, todos os grandes desafios (e visão do futuro) previstos pela SBC estão intimamente correlacionados  com a motivação e visão de futuro que os integrantes do INCT – MACC tiveram durante a gestação deste instituto ao longo destes últimos 10 anos (1999 – 2008).