Embora simples, os dois exemplos citados no parágrafo anterior colocam em evidência os impactos socioeconômicos da computação científica na medicina. De fato, reduz ao mínimo as manipulações invasivas e conseqüentes riscos para o paciente e, por outro lado, reduz os custos dos procedimentos, os tempos associados ao tratamento (por exemplo, diminuindo o tempo da cirurgia), diminuindo ainda os tempos de internação e com isso diminuindo ainda possíveis infecções hospitalares e, conseqüentemente, novamente contribuindo para uma melhor qualidade de vida do paciente.
Finalmente, o aumento explosivo de dados biológicos individuais de pacientes por meio de metodologias que se desenvolveram velozmente nos últimos dez anos como a genômica, proteômica e a metabolômica prometem revolucionar a medicina de maneira a antecipar a doença e tratá-la com maior precisão e racionalidade. A integração destes dados e a construção de novos algoritmos médicos representa um desafio e e uma das novas fronteiras do INCT-MACC para influenciar a reengenharia e evolução dos Sitemas de Saude.
O uso destas inovações científico-tecnológicas na área médica implica em novos desafios no que se refere à formação de recursos humanos e sua atualização continuada tendo em vista o curto intervalo de tempo que atualmente existe entre o desenvolvimento científico e sua correspondente implementação tecnológica. Essa preocupação está presente entre os pesquisadores que integram a equipe do INCT-MACC. Assim, estas inovações são também orientadas para contribuir na formação e capacitação profissional em todos seus níveis tanto da área da saúde como das outras áreas envolvidas. Neste sentido, várias das instituições participantes têm programas de Pós-Graduação (inclusive de caráter multidisciplinar como é o caso do LNCC/MCTI) que contribuirão para atender estes requerimentos da formação de recursos humanos nos diversos temas relacionados com a Medicina Assistida por Computação Científica.